02/02/2012

Mente

De Mente
.
.
.

Vem como a chuva
Gotas contínuas
Serena e tranqüila
Encharcando a terra
Minando as raízes
Correndo p’ro mar

Vem tão constante
A todo instante
Invade poros, veias e mente
As vezes inclemente
As vezes, meio dormente
Muitas vezes tão somente
P’ra lembrar que ali está

Vem, percorre o corpo
Tal qual chuva faz seus sulcos
Suavemente
Derruba alicerces
Cava buracos
Alaga a alma
E se perpetua


Está tão presente
Como o cheiro da pele
A roupa que veste
A comida que alimenta
O vinho que embriaga
O ar que respira

Está tão presente
Nos olhos da gente
No cerne da mente
E vaga livremente
No azul sem fim
- A saudade demente.

Amigo

.
.
.
.


Cheguei a pouco
Pensando num amigo
Onde estaria? O que estaria fazendo?
Em que estaria pensando...

Fecho os olhos
Elevo um pensamento
Vá nas asas do vento
Acima das nuvens
Procure... encontre... e conte meus segredos

Desnude minha alma
Espelhe
Trace um caminho, mesmo que incerto
Faça parar por um segundo ao menos
E me devolva também teus segredos
Pensamentos...
E tudo que nestes pensamentos contiver

Traga o sorriso fácil, solto, leve
Traga o sorriso que sobe dos lábios para os olhos
Traga minha imagem neste espelho
Traga o meu sorriso de volta...